quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017
Cultura em declínio
Devia ser celebrado e não sobrevivido
O que há de errado em como temos vivido
Dói, mas estava assim quando cheguei
Então chamo de vida isso que terei
Consome, compra, vota, finge-se de bonzinho
Só para no fundo não se sentir sozinho
Fazer pela tradição mas cutuca a questão
Se é mesmo necessário tudo o que eles farão
Massa ignorante, sem educação
Apelando à oração, esperando a revelação
Resultado da eleição, se vale minha decisão
Ou nessa conspiração, democrata corporação
Só na aparição.
Sem coração
Máquina sistema bomba para nossa extinção
Parte da programação, fora do natural
Monetário e raiz de todo o mal
Egoísmo aprendido sintoma natural
Ensinado e condicionado para vencer na vida
Mas para sempre carregar essa ferida
Se vender, se vender não querer acordar de manhã
Entender e compreender o que ocorrerá amanhã
Todo império caiu, então olha o capitalismo
Se auto regenera agora com seu auto-destrutivismo
Social, social com uma arma na mão
Como qualquer faria se não tivesse seu pão
Revolta protesta quebra tudo no caminho
Para compensar tudo o que fizeram em meu ninho
Deus moderno, a nossa querida economia
Você vai poder dizer que a entendia?
Porcentagem da corporação, maior que uma nação
Vontade privatizada, verdade barganhada
Obsolescencia programada, inocência desenhada
Falsificada, estuprada, toda comprada
Era negra de convenientes mentiras
Propaganda promocional cria intriga
Propaganda pessoal cria uma imagem
Distúrbio de vaidade, cobre com maquiagem
Desfarsa idade, desfarsa defeito
Finge e mente como sempre tem feito
Vai para a guerra fazer teu feito
E nunca o descanso no travesseiro e leito
Encanta-me com plástico e papel
Levanta-me a compra até o céu
Tudo à venda! Tudo à venda! Pela nossa renda!
Mas se renda! Então se renda! Sobre seus olhos a venda!
Não ver o que agora é possível
Se parar para pensar no incrível
Alimentar a todos há muito não é um sonho
Se você escutar o que te proponho
Vista de fora, sem barreiras somos só um ponto
Fazer agora, sem barreiras, o que diz esse tonto
Um mundo de graça é inevitável
E os ventos sopram o que já foi adiavel
Mas floresce e cresce a sede de liberdade
Chorar em silêncio sozinho sabendo a verdade
Irmão, venha, veja. Me de a mão!
Posso te mostrar o que amanhã cantarão
Mas enquanto esse dia não chega
Quero que pelos meus olhos você veja
Esse transe hipnótico, a rotina delírio
Vivendo e assistindo essa cultura em declínio. "
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