terça-feira, 22 de abril de 2014

Bem cansado dessa porra toda...

Cresci com dois babacas discutindo falos, egos e Freud à minha volta. Até os cinco, ou sete anos talvez tenha sido a única coisa que ouvi. Quando fui pela primeira vez para a escolinha descobri as meninas, e desde aquela idade já queria saber qual era a parada delas. No meu tempo de escola sempre achei os meninos uns babacas, talvez com aquela programação já instalada na cabeça, quando brincavam tudo que eu ouvia era "Sou melhor do que você!", "Meu pau é maior que o seu!", e nas agressividades via o esforço deles de quererem machucar de verdade, mas é claro, só aqueles que não iam nunca revidar. Então, ainda na escola, resolvi passar mais tempo com as meninas. Ia ser tachado de gay pelos outros meninos talvez, mas foda-se o que eles pensavam. E descobri que tinha mais afinidade com elas. Eram frescurentas e sentimentais, mas havia alguma coisa que me atraia nelas, e não descobriria o que era até a adolescência. Óbvio que beijei primeiro que aqueles babacas, óbvio que perdi a virgendade primeiro também, e também tirei carta primeiro... Bela bosta, mas naquela época significou algo.
Então, quando acabou a escola, me encontrei perdido... Não sabia para onde iria, o que faria. Não me sentia pronto para o mundo, alíás, deveriam manter o mundo LONGE de mim... queria destruí-lo com minhas próprias mãos! Queria mastigá-lo e cuspí-lo fora! Então veio a tentativa de suicídio, o cigarro, as bebidas e as drogas, e... tudo melhorou severamente.
Não é exatamente uma história para ser contata para crianças, mas de fato, as drogas e a bebida me salvaram de mim mesmo diversas vezes.

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