Encaixados na lista da máquina
Alinhados, projetados, desenhados
Onde poucos viverão
De minha certidão de nascimento
Há meu atestado de óbito
Me colocaram atrás do papel
Pela televisão eles me disseram
Lutam por um pedaço de sua mente
Dentro do medo que eles mesmos criam
Dentro da caixa que nunca quis
Terra onde todos somos iguais
Civil! Obedeça, compre, disperse, vote
Cabeças baixas e fones de ouvido
Sexo vazio, imagem virtual
Preencha meu dia
Hierárquica máquina
Mas nunca pense ser melhor
Do que aquele que te olha nos olhos
Nem esqueça do relógio correndo
Onde até os ponteiros enferrujarão
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