sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Ode àqueles Que Testemunharam Jeová

Quisera eu falar de outrora
mas aconteceu quase agora
Vestidos longos, todas cobertas
Em minha casa pedindo portas abertas
Veneno nas palavras. ameaçam a confiança
Em troca do céu pela vossa aliança
Pela missão mas servindo a ignorância
Mas em dúvida ao pastor correm em ânsia
Segue o mandamento e me promete o paraíso
Seguir ordens é você quem precisa disso
Desejando liberdade mas reprimi o desejo
E essa lábia de serpente que em ti eu vejo?
Servindo a paz vindo causar medo
Vontade certa de quem orou hoje cedo
Ainda por Jesus vem me culpar
Artimanha do ego, tenta me dominar
Palavras do pastor dominam sua mente
Perceba bem se é alívio que sente
à sua verdade tenta me convencer
Mas o que diz só à me entreter
Outra que te digo antes que se vá
Duvido que tenha visto qualquer Jeová

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Beep! Beep!

O poeta lhe fez uma rima
Então você tem de obedecer
Mas se o espírito lhe estiver por cima
Suas ordens é fácil esquecer

O rato come pelos cantos
O leão dorme sob o manto
A serpente previu o seu ato
E num bote comeu o rato

Judas estava triste e chocado
Com o pedido de seu salvador
Mas aceitou se fazer de malvado
Para seu povo escapar da dor

O golpista se achou ligeiro
Mentindo para o mundo inteiro
Encontrou seu fim num bueiro
Pelo cano de um três oitão

O cientista se clonou para ver
O que sobre si iria aprender
Seu irmão se achou o original
E lhe terminou com um pedaço de pau

A princesa estava entedida
Querendo tratar tudo como piada
Foi pega em uma cilada
Filmada enquanto se masturbava

Beep!
Beep!


O guitarrista fez um pacto
Com o diabo num chá de cacto
Passou o tempo temendo o resultado
Sem saber quem está ao seu lado

Eram amantes desde infantes
Laço eterno, memória de elefante
Juntos corriam ambos elegantes
Um gritando ao outro "sempre avante!"

O marciano experimentou da erva
Gostou tanto e logo estava na cerva
Logo voltou falando de paz e amor
Cantou, dançou e espalhou a flor

E se você não estiver agindo certo
A ti mesmo sempre estará por perto
Para te responsabilizar de teu feito
E se o amor não for o eleito
Teu descanso atrapalhado no leito
Mas podemos ficar legal
Na certeza de ninguém se dar mal
Terminar de um modo sensacional
Quem sabe sem rima no final

Eu Perdi

Óh Rainha que da princesa tirei
A ti conto pelo que me perdoei
Mas se você entrar deve também me perdoar
Se você entrar e quiser em mim morará

Dança, dança, dança comigo
O que os outros dizem eu já nem ligo
Se cansa, e cansa, eu canso contigo
Por ti em todo lugar que fico

Morri antes então já nem me importo
Se foi por aqui o atalho que corto
Vivi antes de entender o dia
Se volta a volta por onde iria

Foi você, então eu gritaria:
Eu perdi o meu medo de amar
Eu perdi tudo que não fosse precisar

Ainda és tu, eu me acabaria:
Eu perdi tudo meu que não fosse gostar
Eu perdi o que me impede de voar

Perturbação da Ordem Pública

Tolera de pé mas ainda na fila
Com muros em volta, câmeras, uma ilha
Atua o prescrito, tudo já no papel
Com o diabo tentando fazer um céu

Mas quem sou para dizer "sim"
Se sinto um "não"
De olhos fechados assim
Esperando um sermão

NÃO MERMÃO!
TEMOS O DIRETO DE PÉ FICAR
PELO QUE BATE EM MEU PEITO
PELA ALMA E SINA QUE ACEITO

Balas e bombas não vão nos parar
Acorda para ver o Leviathan levantar
Nega minha igualdade com sua autoridade
Mas liberdade é minha força de vontade

E por baixo de sua constituição
Sob tuas leis seguindo tua tradição
Segue esse plano ancião
Por nossas mãos nossa própria extinção

E se para a rua for a guerra
Tropas armadas e seus tanques
Seguindo tua ordem mata o irmão em terra
Haverá nosso levante

VOCÊ, COMANDADO
SE ARMAS CONTRA A MULTIDÃO
ENFURECIDA MAS CIVIL DESARMADA
VÍTIMAS DE TUAS MÃOS DESALMADAS
RESPOSTA HAVERÁ
E DE TUA SINA NÃO ESCAPARÁ
ANÔNIMO PROTESTANTE, LUTE!
CONTRA O TEMPO NÃO SE DISCUTE
A VOZ DO PEITO PARA QUE EU ESCUTE
O NOSSO NOME É LEGIÃO

sábado, 17 de outubro de 2015

Ode à Lúcifer

O sabor da maçã que comer
Os segredos da vida a saber
Quem vai dizer o que sobre você
Sem ter o dom de te conhecer

Dai-me vida por esse ser
Um novo modo por esses olhos ver
Afaga a tua tristeza e esquece teu pranto
Ouça essa canção que por ti eu canto

Sob o manto disfarçado de memória
Lembra-te quem és, entenda tua estória
O mito mente se você não entende
O que no fundo teu coração sente

Tempo flui no momento presente
Leva embora o que há muito ressente
Para poder te dar o que tanto clama
Por favor, seja minha mão humana