quinta-feira, 9 de maio de 2013

Rotina Maior

Um pouco menos de cada vez
Dói e vivo nessa velha estrada
Me sinto gasto e arrastado
Quantas vezes implorei para parar
E quantas vezes fui despedaçado
Estraçalhado por própria arrogância
Muitas vezes fodido por vaidade
Certas noites sem você não ter
Oportunidades perdidas ao vento
Todas vítimas de minha preguiça
Podre, coração escurecido por vingança
Iludido e envenenado de paixão
Quantas vezes do topo atingi o chão
Quantas vezes estive travado
Apenas esperando para morrer
Quantas vezes me botei em chamas
Apenas para finalmente renascer
Então no meu caso
Não espere simpatia
Uma criança que ninguém quer por perto
Não espere ver alegria
Até descobrir o incerto
Não me culpe por às vezes querer ir
Você também chorou e riu antes de mentir
Mas toda a história se repete
Bate em nós e então reflete
Nunca voltar ao nada o que já é poeira
Já existimos de qualquer maneira
Seguimos flutuando nessa rotina maior
Tudo o mesmo sempre melhor e pior
Todo caminho é emergente
Não sabemos o próximo presente
Nem o que chamaremos de lar
Todo momento singular



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