quinta-feira, 28 de maio de 2015

Garganta

Expressar através do falo
Para meu grito, nunca meu calo
Rasgar com os dentes cordão umbilical
Dependência infantil e todo o mal
Introspecção enfiado no abismo
Entender os motivos de meu cismo
Hostilidade restringida, como devo agir?
Cada passo dado alguém irei ferir
Memórias de infância voltam para me denegrir
Digerir, mastigar, pedaço por pedaço então engolir
Boca que chorou quando separada do seio
Dor que todos sentimos quando cortados ao meio
Ira em mim pronto para matar
Transbordar aberto pronto para amar
Arrastado e vazio acordando na margem
Cansado do rio encarando a miragem
Mas sou apenas eu quando o ânimo levanta
O peso do que sou pela minha garganta

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