terça-feira, 27 de março de 2012

Em um desses jogos...

Você pode decompor toda a sua vida em diversos jogos. Num desses jogos você tem de trabalhar para ganhar pontos para comprar suas coisas. Em outro, você tem de ser um cidadão exemplar para ter outros que te admiram e sustentam sua imagem. Em alguns deles, você tem de se alimentar direito senão seu corpo entra em colapso.
Fazer exercícios, nunca chorar em público, ser um bom profissional, não demonstrar sinais de agressividade, sempre andar com roupas limpas e com visual apresentável, ter a barba bem feita, votar para estimular a democracia, arranjar alguém para transar, etc...

O jogo que mais gosto em vida é aquele onde pego a minha calma e com ela atravesso o mundo. Levo ela através do aço, através das chamas, a mergulho em ácido. Caminho com ela por desertos áridos, por festas perigosas, por campos minados. O jogo é se manter calmo, SEMPRE.
Acaba se tornando um jogo divertido pois sua dificuldade aumenta drasticamente de uma hora para outra. E, como em todo o jogo, mesmo que você seja péssimo nisso, uma hora acaba pegando o jeito. E vai melhorando cada vez mais. Até se tornar o mestre dele. E poder caminhar livremente por ai, desde que seja acompanhado de sua calma.

Mas como em todo o jogo, às vezes se perde...
... e se você constrói sua vida em cima dessa calma e uma hora ela não estiver lá, você fica sem nada. Tudo cai sobre você.

Meu conselho não é "nunca perca a calma", você nunca a perde, ela apenas vai dar uma volta sem você.
Meu conselho é:
- Treine a sua calma. Deixe-a forte. E AME ela! Quanto mais amor ela sentir mais ela vai estar por perto quando você precisar.

Calm Down, brothá!

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