domingo, 2 de dezembro de 2018

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O  mundo está absurdo e não consigo mais me relacionar com ele.
A media sangra na televisão, as notícias soam mais fantasiosas do que a ficção e as pessoas... Ah, as pessoas... Estão cada vez mais idiotas.
Num esforço espiritual tento não julgar, mas sabendo os mecanismos egóicos por trás de cada ato delas fica difícil não procurar um motivo para me manter afastado delas. auto-promoção, aparecer bem é tudo o que importa. Lindos sorrisos nas redes sociais, pessoas clamando por atenção sem qualquer habilidade de se conectar com outras... mas talvez esteja falando de mim.
meu futuro é obscuro e incerto e não tenho motivação ou vontade de encará-lo. Talvez eu seja covarde, mas não me importo. Sozinho, procuro motivos para encarar o dia. Procuro alguém para trocar o calor, alguém para olhar de volta com a mesma intensidade, mas nada...
talvez eu esteva apenas deprimido. Meu dia se arrasta através das semanas e as semanas através dos meses e me sinto só. Passei anos sozinho sem me importar com ninguém vivendo só de esperança e consegui, mas talvez tenha gasto todas as minhas forças.
Não posso mais com a vida.
Meu trabalho não me alimenta. A busca de outros empregos é infrutífera. Nenhum amigo para dividir uma risada, nenhum amor para dividir o tempo.
"Eu quero morrer." Digo para mim mesmo, digo para deus. Um ataque cardíaco fulminante... um aneurisma letal. algo rápido quase indolor. A vida material me ofereceu diversas oportunidades que desperdicei, e sequer tenho atitude de me arrepender, como se soubesse desde o começo que nada iria me completar.
Meditação, vida espiritual preenchem um pouco, mas como se fosse apenas silêncios entre turbulências e não um caminho para a felicidade.
"Eu quero morrer." Como se a vida material não tivesse nada para mim.
"Eu quero morrer."

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