domingo, 2 de dezembro de 2018

palavras não dizem mais
estrutura sem significado
por para fora o que o corpo sente
para quem escolheu senciência
escolhi, arco e pago
mãos sujas e meus atos
perdão e alívio voam perto
longe do alcance de meu
peço para morrer em silêncio
peço para viver até o solstício
um espírito, uma estrela
nada acaba nada nunca acaba
mas acabou e é o fim o fim de mim
talvez eu queira assim
.
.
.
noites sem dormir
falo com deus
falo comigo
talvez não seja algo que consigo
falo com as sombras
falo com espíritos
pago por esse sacrifício
em minha garganta um grito
.
.
.
eu sei que as coisas se encaixam
por mais bagunçadas que elas mexam
eu aceito, tudo bem, sei que vou morrer
nunca houve mais nada a querer



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