quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Todos os homens são santos

Se viveu diferente do que esperar
Mas amou qualquer ao seu olhar 
Tentou, lutou, falhou, venceu, caiu e morreu
Quem vai dizer o que sobre o caminho teu?

Promete, cumpre, mente e chora
Mas de vontade vive pelo o que implora
A razão diz mas a carne aflora
Batalha constante que vive toda a hora

Roubou, matou, fracassou ou errou
Nunca omitir a verdade que sou
Clamou por Deus, pelos filhos teus 
Batendo no peito dizendo “sou eu”

Já morri de pé pela minha fé 
Já corri errante pelo meu semblante
Sempre avante não importa o que aconteça 
Mesmo que por você eu perca a cabeça

Minha musa amada
Descasquei tuas camadas 
De prazer e dor gemeu
Apenas para me chamar de teu

E lutando minha rotina vivi
O dia que passou absorvi
Se bebi ou usei
O que sinto apenas eu sei

Implora para morrer
Sem mais sofrimento a ver
Ter o que segura na mão
O que te sufoca o sermão

Libera na rima
Tua chaga, tua sina
Libera na lágrima 
Teu suor, tua ira

Se te força a dizer
Espremendo o teu ser
Se no dilema se enfia
É o sofrer que te afia

A luz do Sol ilumina
Uma verdade muito fina
Que descobri jogada pelos cantos
Todos os homens são santos.

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