segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

A Lança De Longinus

Há uma sensação entalada em meu peito
Meus olhos forçam, mas minha alma não quer chorar
E isso está no meio do caminho,sem ir nem vir
Então pego com minhas próprias mãos e puxo para fora
Pedaço por pedaço me despedaço
Minhas mão coçam e meus dedos tremem
E como se não tivesse feito nada, ela continua lá
Como uma lança através de meu peito
Como os cantos ainda escuros na minha cabeça
Sinto fome, mas não consigo comer
Não quero mais, mas tenho preguiça de morrer
Dói, mas não me faz nada como senão fosse eu
E minhas mãos coçam e meus dedos tremem
Há uma quase raiva, uma quase tristeza
Meus olhos forçam, mas meu corpo não quer chorar
Sinto saudades de alguém, mas ninguém me vem à mente
Matei todos meus amigos friamente para eles pararem
Matei toda a minha família para eles não mais estarem
Estou com sede, mas não tenho vontade de beber
Quero mais, mas não consigo mais viver
Dói e sangra, mas é como se não fosse eu
Caminho só e não sei nem mais quem sou eu
Estou com isso no peito e não sei mais quem sou eu

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